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With Love.

With Love.

Almas Gémeas.

Íris, 19.02.23

Para ti:

"Sabes porque te sentes tão livre, e porque tens medo de alguma forma  de não dar certo? 

Porque entre nós não há submissos. 

Vives livremente e encaixas o que és na outra pessoa. Embrace. 

Com o “embrace” não há dúvidas, há sintonia. Há harmonia. 

Não há perigo. 

 

Liberdade é exatamente o que deves sentir. 

Quem é livre é feliz. 

Este sentimento de felicidade vai transbordar em todas as categorias da tua vida. 

Sê feliz sem medos. 

Seja o que for."

 

 

 

Almas Gémeas

O não estarmos habituados a sentir este tipo de energia  por perto provoca-nos medo porque não a reconhemos. 

Geralmente só encontramos uma alma gémea. Poderão haver mais. 

Penso que no sentido amoroso só uma se encaixará, dependendo de outras variáveis, penso eu.

Sinto que será assim que se consegue o exponente máximo do nosso caminho espiritual. 

É com o reencontro. 

 

Vamos reencontrar-nos?

 

 És tu?

Conhecemo-nos á 10 anos e afastámo-nos.

Na altura ele dizia que eu era muito nova para ter um relacionamento. 

Eu tinha de 27 e ele 33.

A verdade é que hoje eu percebo o que ele dizia.

Ele tinha razão.

  

Depois, passados 2 anos reencontrámo-nos.

Mas surgiu um acontecimento demasiado extenso para explicar agora, e voltámos a afastarmo-nos passados alguns meses meses.

 

Tentou contactar-me á cerca de 3 anos, pouco antes do aparecimento do covid.

 

Depois, em Fevereiro do ano passado, em que conversámos por telefone umas 2 ou 3 vezes e afastámo-nos, estávamos a resolver as nossas vidas. 

 

 

E desta última vez... á cerca de 2 meses,pelo Natal, voltou a contactar-me. 

Mas apareceu e foi uma das pessoas que me deu as tools que eu precisava para conseguir comprar casa, apesar de ter posteriormente optado por arrendar, por ser a solução mais rápida para sair da situação em que estava. 

 

 

Só nos últimos dias é que os sentimentos voltaram a surgir. 

Voltámos a ver-nos á duas semanas, fomos jantar e beber um copo. 

Foi como antes. 

Falámos abertamente sobre tudo e sem filtos. 

Ninguém vai julgar... mas temos tanto para contar um ao outro sobre estes anos. 

Partilhámos experiências das piores ás melhores. 

Orgulhamo-nos dos nosso feitos e lamentamos as nossas piores decisões e atitudes.  

Mas sempre com liberdade de expressão e sobretudo, de pensamento. 

E desde esse dia temos mantendo um contato muito próximo.

 

 

Ontem juntei-o a um grupo de amigos, num jantar que organizei para acontecer por Lisboa. 

Queria rever alguns dos meus melhores amigos que não via faz tempo e organizei este jantar no passado mês de Janeiro, para que conseguisse ter todos juntos á mesa como antes (a minha amiga que divide casa comigo sempre pertenceu a este grupo de amigos e esteve connosco). 

 

E juntei a minha alma-gémea. 

 

Alguns deles já o tinham conhecido do nosso passado reencontro, no Carnaval de 2016. 

Organizámos (eu e mais 3 amigos) uma festa de Carnaval, onde juntámos cerca de 30 pessoas e foi simplesmente dos melhores carnavais que passei. 

Todos mascarados, fomos jantar e sair por Lisboa. 

 

Um dos meus melhores amigos ainda não tinha tido oportunidade de o ter conhecido muito bem, mas desta vez esteve  ao lado dele tanto no jantar como nos bares por onde passámos. 

No fim da noite, aproximou-se de mim e disse-me algo como “ Não sei se é o teu novo namorado, mas eu gosto dele. É inteligente, divertido, respeitoso, tem uma ótima vibe e deves investir, é o homem certo para ti. És tu quando estás com ele.” 

Fiquei sem resposta no momento, mas claro que conversámos um pouco sobre os últimos “desenlaces” desta novela mexicana. 

Andava a fugir ao assunto, confesso. 

 

 

É um reencontro com alguma bagagem boa e menos boa, é certo. 

Mas não foi impedimento para termos passado o resto do fim-de-semana juntos, como antes. 

Foi um balde de água quente pelo espírito abaixo. 

 

 

Mantivemos esta ligação ao fim destes anos todos. 

É como se estivesse ligada pelos  olhos dele. 

A melhor palavra que encontro é “mergulho”. 

Eu mergulho nele quando olha para mim. 

É como se não estivesse mais nada ou ninguém. 

 

E ainda pra mais, está numa fase em que quere aprender a meditar e quer aprender tanto... 

Esta nova fase é compatível. 

Talvez agora não haja mais impedimentos. 

Talvez tenhamos aprendido as  lições  em falta. 

 

Eu sinto-me de bem comigo. 

Muito. 

 

Vamos vivendo um dia de cada vez, e projetando seja lá o que sentirmos, o que fizer mais sentido no momento. Sem pressões.

Let it Flow.

 

 

Foi tudo tão rápido desde a minha separação. 

Separei-me á poucos meses oficialmente, apesar de eu já estar a fazer o luto da minha relação á sensivelmente 2 anos. 

Infelizmente tenho de o admitir para mim própria. 

Eu senti todos os momentos que fizeram isso acontecer. 

E senti várias vezes que não havia volta a dar. 

 

Mudei-me para a minha nova casa á pouco mais de uma semana e não poderia estar mais feliz. 

Eu e a Rita (amiga que divide casa comigo) temos passados umas noites de conversa espetacular. 

Tem corrido muito bem. 

 

Bom ambiente e sobretudo harmonia. 

Finalmente consigo passar horas a fazer algo que gosto, desde yoga a meditação e reiki. 

Tenho aproveitado o espaço vazio da sala, coloquei um tapete novo, oferecido e feito á mão pela minha mãe biológica. 

Tem umas cores bonitas, e tem sido usado da melhor forma: onde faço os meus exercícios tanto de yoga como meditação.

 

Sinto-me mais eu. 

E parece que tudo á minha volta se molda ao que eu sinto. 

Sinto-me feliz e livre. 

 

 

 

E aconteceste tu outra vez. 

Exatamente no mesmo momento de 2016, no Carnaval. 

 

 

Tal como a minha primeira alma-gémea, mas que não correu bem. 

Eu sabia que não era aquela, mas foi onde descobri o que era o amor, o amor incondicional. 

Foi amor á primeira vista, no Sábado de Carnaval de 2002.  

Sim éramos muito jovens, e apesar de nos termos conhecido nessa noite, afastámo-nos e reencontrámo-nos em 2004 e ficámos juntos até eu ter de seguir a minha vida e deixá-lo para trás. (Esta situação teve a ver com acontecimentos de alguma gravidade e que não vou mencionar por agora). 

 

Na altura fiquei muito revoltada, mas percebi que se não era aquela a minha alma-gémea teria de ter outra para a minha jornada.

Também era jovem, e tinha tempo.

Nunca senti pressão. 

Eu haveria de a encontrar. 

 

 

Eu nasci num conhecido bairro Lisboeta. 

Sempre tive uma curiosadade imensa, desde pequena, de ir a Toronto, sem razão aparente. 

O meu aniversário é 2 de Agosto. 

Eu estive á procura de casa para comprar em Sesimbra (num bairro específico), perto da antiga casa da minha mãe.

A minha alma-gémea nasceu no bairro ao lado do meu. 

Cresceu em Toronto. 

E faz anos no mesmo dia que eu. 

Está a morar no bairro ao lado de onde a minha morava. E onde eu procurei casa para comprar.

 

Poderia dar imensos exemplos de coincidências, mas até as séries que já assistimos são praticamente as mesmas. 

 

Nós dizemos em brincadeira que somos a versão um do outro em Mulher/ Homem. 

E rimos. 

E é tao bom. 

 

 

 

 

Incompatibilidades & Coincidências.

Íris, 10.02.23

Hoje é o último dia, ontem foi a última noite. 

 

Ontem foi a última noite que passei na casa onde estou atualmente, a casa do meu ex-companheiro. 

Hoje, após o dia de trabalho vou para a minha nova casa. 

 

Confesso que deveria me sentir mais feliz.  

Honestamente não estou. 

 

Continuo a ver mil possibilidades entre mim e ele. E nenhuma delas serviu.  

Nenhuma das mil tentativas deu algum resultado positivo. 

 

Deixo-vos alguns exemplos porque noto que acontecem demasiadas situações que impedem a nossa boa relação, exatamente nos momentos-chaves. 

 

O primeiro acontecimento desta semana: o pai do meu ex-companheiro teve que ser operado. Ele só soube no fim do dia de terça-feira, quando a irmã dele lhe ligou a contar que estava á mais de 12 horas no hospital. Na altura ele ainda não tinha sido operado, mas estava aguardar para ser levado para a sala de operações. 

 

Ele saiu de rompante de casa, era quase meia-noite. 

Ele não sabia, e como é óbvio eu nem imaginava. 

 

A minha pergunta é: é normal não dizerem nada ao filho/ irmão, e só lhe ligarem quando precisam de ajuda?  

Mas que raio de família é esta? 

Estas situações sempre foram regulares e como ele nunca teve uma boa relação com o pai, sei que lhe custa mais do que ele próprio admite.  

Ele sente rancor de algum passado com o pai mas não consegue não ajudar. 

 

Ele não tem coragem de responder como deveria á irmã. Mas deveria. Porque é que não lhe dizem as coisas quando é oportuno? Acho uma falta de cuidado e de respeito, mas pronto. No lugar dele, levava um raspanete. 

E o aconteceu sempre foi ele descarregar em cima de mim todas estas situações. 

Mas desta vez mantive-me longe. 

 

Por exemplo, logo hoje, que me vou embora, e penso que seria importante estarmos os dois presentes, o meu ex-companheiro tem um jantar de amigos.  

Porque é que refiro o jantar? Porque o meu ex-companheiro não tem um jantar de amigos á meses. E este foi bater neste dia. 

 

Na noite de ontem, em que estávamos a iniciar alguma conversa positiva, a irmã dele liga e ficaram ao telefone. Fui-me deitar. Iam demorar horas ao telefone. 

 

Há sempre incompatibilidades. 

Em tudo. 

 

E digam o que disserem, as famílias nem sempre nos fazem bem. 

Muitas vezes têm as pessoas mais tóxicas á nossa volta e nós não vemos. 

 

 

 

 

 

Eternamente jovem.

Íris, 05.02.23

Dou por mim a olhar para o meu ex-companheiro e a pensar como gostava de lhe dar um abraço, um beijo e dizer que está tudo bem. 

Muitas vezes antes de me ir deitar dou-lhe um abraço. Apesar de tudo acredito que o amor cura e quero ajudá-lo na sua jornada, seja de que maneira for. 

 

Apesar de tudo o que passámos e nos estarmos a separar não lhe guardo qualquer rancor. 

E apesar de todos os momentos menos bons, não há nada que não fizesse por ele ainda hoje. 

Ele ajudou-me muito na fase inicial do relacionamento. 

E essa ajuda serviu para ter uma casa,um lar, e crescer profissionalmente. 

 

Há dias em que me sinto tremendamente frustrada por ter tantos sentimentos mistos. 

Se ainda gosto dele? Claro que sim. 

Se o amor que sinto por ele é o amor que há entre homem e mulher? Honestamente não sei responder. 

Se estou apaixonada? Penso que não, se alguma vez estive. 

Tive momentos em que me senti apaixonada mas que rapidamente foram albarroados pelas discussões constantes, diárias. 

 

Acredito que nós nos apaixonamos pela forma como somos tratados. 

 

O meu ex-companheiro de uma forma geral sempre me tratou bem. 

A necessidade de descarregar em cima de mim as frustrações com pessoas, família, problemas e trabalho, foram sim demasiado frequentes,constantes, diárias.

Depois amuava comigo se respondesse algo que não gostasse (o que acontencia sempre). Ficava sem falar comigo dias, semanas.

Acusava-me sempre de ser a causa dos seus próprios problemas. 

 

Quando estava chateado ou frustrado, ou quando o dia não lhe corria bem, dizia coisas que até hoje me fazem cair lágrimas pelo rosto abaixo. 

Ouvi coisas que mal consigo replicar. 

Senti dores que me tiraram o fôlego e anos de vida.

Chorei dias, semanas e meses. 

E ainda choro.

Fechei-me e tornei-me a versão mais pobre de mim. 

 

Quando acordei desde pesadelo de infelicidade constante, percebi o meu caminho. 

 

 

Mas houve dias em que tudo corria bem e ele estava satisfeito. 

Foram muitos poucos dias, talvez um ou dois dias por mês em que possa dizer que estávamos bem. 

 

As implicações, o falar mal de tudo e todos, ser conflituoso com as pessoas á sua volta porque não aceita as opiniões de ninguém. 

No fundo, estar de mal com a vida. 

 

Percebo que não caibo mais na caixinha que ele tinha para mim, para que eu pudesse estar com ele. 

 

Penso que quando as pessoas não são as certas para nós, tudo acontece para que estas pessoas  sejam retiradas do nosso caminho. 

 

Aceito, apesar de custar. 

 

O que mais me custa é estar de partida e ver que apesar de terem passados quase 7 anos de que nos conhecemos, o meu ex-companheiro está exatamente no mesmo ponto: fez uma nova pausa no trabalho que já vem desde Junho ou Julho, ou seja, está desocupado e passa o dia a ler e ver conteúdos no youtube sobre os temas que aprecia e vai ao ginásio. Quando o conheci, ele estava exatamente a começar um ano de paragem, tal como este período que começou no passado Verão. 

E sempre que era chamado á razão por algo que não cumpria, dizia que estava cansado.

Dizia que, como pedia desculpa, as pessoas tinham que compreender.

 

Deitava-se e deita-se entre as 6h e 7h da manhã e acorda as 14h, 15h. 

Todos os dias. 

Não há qualquer tipo de compatibilidade em horários ou rotinas ( comigo ou com qualquer pessoa que esteja no ativo). 

 

E os motivos de conversa acabam por ir sempre parar aos mesmos. 

O tempo livre e a desocupação levam a que a pessoa tenha demasiado tempo livre para pensar porcarias. O que levou a discussões diárias por motivos como por exemplo, um frasco de canela ter a tampa rachada. (Anda à uma semana a chatear-me com a tampa  mesmo quando eu estou em horário de trabalho e a trabalhar! É inédito). 

 

Mas não, não consigo guardar rancor ou seja o que for.  

Na altura dá-me vontade de lhe responder á letra, mas ia gerar discussão e a única pessoa que vai sair prejudicada sou eu, então calo-me. Digo que não reparei (e na verdade não faço ideia como se rachou a tampa do fraco de canela).  

 

Mas caramba...só consigo pensar: é uma tampa de um frasco!! Qual o drama? 

 

Por outro lado,penso “ é a forma dele conseguir lidar comigo nestes últimos dias”. 

Apesar de ter sido sempre assim. 

 

 

Quando é que tive a certeza de que este relacionamento não era para mim? 

 

Num dia bom, perguntei-lhe o que ele mais gostava em mim, isto na continuação de uma conversa que estávamos a ter na sala, Sábado á noite.  

A pergunta foi feita num contexto de conversa sobre defeitos e qualidades. Antes de lhe fazer esta pergunta ele tinha-me feito esta mesma pergunta a mim e eu fiz uma lista infindável de características sobre ele que aprecio. Não me poupei nas palavras. E falei só em qualidades. 

 

Mas... 

Ele respondeu-me que o que mais gostava em mim “Jovialidade, pele e ar jovens. Sobrancelhas despenteadas”. 

Voltei a reforçar a questão mas nada foi acrescentado.

Deu-me um sorriso e levantou-se do sofá para ir á cozinha.

 

Depois de ouvir isto se podia ter ficado feliz? 

Não. 

 

Assim que me escapei da sala fui para a casa-de-banho chorar. 

Nunca pensei ouvir algo tão básico, tão depreciativo. 

 

Mas eu entendi. 

Entendi que não era para mim.

 

 

Cada um dá o que pode.

Não se pode colocar um oceano dentro de um balde.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pérolas de Fevereiro. 

Íris, 03.02.23

Como disse anteriormente, estou a separar-me e consequentemente a mudar de casa. 

E está tudo a correr lindamente, estou muito feliz. 

 

Mas há sempre uns tiros nos pés pelo caminho! 

E partilho convosco porque ri-me muito apesar de não ter piada alguma! 

 

Esta semana comecei com algum ritmo de trabalho durante a semana. Fiz muitas horas após o horário de trabalho que termina as 18h bem como comecei praticamente sempre ás 8h. 

Como trabalho de casa parece que não noto tanto as horas mas elas estão lá. 

Estou numa fase de crescimento profissional e por isso estou muito empenhada em aprender o máximo que conseguir e progredir, fazer o melhor trabalho que consigo. Persistência e qualidade, dedicação. Adoro o que faço, por isso está tudo dito! 

Então sabia á partida que esta semana seria complicado conciliar o trabalho com as mudanças porque me tiram demasiadas horas. 

Felizmente fui á minha nova casa na terça-feira e deixei a chave com uma vizinha muito simpática e prestável que tem ajudado em tudo sempre que me ouve a chegar a casa. 

Pode ser um pouco cusca? Pode. Mas é tão amorosa e atenciosa. Sente-se a boa energia naquela senhora alegre e bem disposta que tem prazer em ajudar. 

Ela recebeu os meus móveis durante a semana. 

Bem como o sofá ontem. 

E hoje. 

Sim, isso mesmo. 

 

O sofá que tinha referenciado num antigo post como um exemplo de um negócio em saldos, saiu-me completamente furado. 

 

Ontem o senhor da transportadora liga-me e eu peço-lhe para tocar no 1D que a vizinha vai abrir a porta, para deixar o sofá. Ao que o senhor me diz “ sofá? Mas é uma caixa.” 

Gaguejei um pouco e pensei que já devia estar confusa com a quantidade de encomendas que fiz nos últimos dias. 

Ontem a minha mãe e o meu cunhado foram almoçar e aproveitaram para me ir comprar um microondas e levar as coisas de casa da minha mãe para a minha. Sabiam que a chave estava com a vizinha e aproveitaram para me ajudar. 

Quem tem pessoas assim por perto, do que se pode queixar não é verdade? 

Foram fantásticos. 

Estou-lhes tão grata. 

Eles fizeram tudo o que eu iria fazer no Sábado de tarde. 

Quando chegaram à nova casa, a minha mãe liga-me e pergunta-me se pode abrir a caixa que lá estava. 

Aproveitei, claro, queria saber o que estava na caixa. Não fazia ideia do que era. 

 

Ela abre a caixa comigo ao telefone e diz-me que é uma almofada. 

 

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Ri-me tanto. 

Não consegui parar de rir quando recebo uma almofada, quando na verdade comprei um sofá. 

Inacreditável. 

 

Comecei imediatamente a fazer um pedido de devolução á loja em questão. 

 

Hoje de manhã liga-me o mesmo senhor da transportadora a dizer que tem o resto da encomenda. 

Peço-lhe que volte a tocar na vizinha. 

Desta vez a encomenda supostamente era grande. 

 

O problema é... Se comprei um chaiselong... não deveria ser visto á distância? 

Mais uma vez tentei rir e ignorar as milhares imagens de sofás minúsculos a passarem-me pela cabeça. 

 

Ainda á pouco mais de duas horas fui á nova casa ver o que estava na caixa e apanhar a chave que vou precisar amanhã. 

 

Era uma caixa. 

Podiam lá caber duas máquinas de lavar mas não um sofá. 

Nem desmontado. 

 

Abri a caixa e era um sofá horrível, todo desmontado. 

O tamanho das almofadas parecia assustador. 

Nada a ver com o que tinha visto on-line. 

 

Nem tirei da caixa. Apenas tirei a primeira almofada para fora. 

 

Assim que voltei para casa fiz nova reclamação. 

 

Felizmente a adorável vizinha do 1D já me deu um contacto de uma loja de sofás ali perto e vou lá uma vista de olhos assim que tiver um tempo. 

 

 

Mas tirando este episódio do sofá, tudo o resto está a correr super bem, não me posso queixar de absolutamente nada.

 

Gostei muito de ver o meu novo escritório todo montado (apesar de estar ainda vazio) e de ver o meu novo quarto.

A casa está numa zona super sossegada e como tem três frentes há luz o dia todo.

 

Estou super feliz.

Um abraço a todos.

 

 

A Vida Flui. Estou Feliz.

Íris, 01.02.23

Desde meio do mês de Janeiro tudo começou a fluir. 

Senti que, apesar de me ter ausentado de Lisboa, assim que regressei, foi rápido conseguir pôr tudo a andar.  

As mudanças foram agilizadas seja por sorte ou não, consegui antecipar tudo e tenho tido ajuda de toda a gente que me rodeia. 

 

As mudanças que possivelmente poderiam terminar mais para o fim do mês de Fevereiro, vão terminar praticamente no início do mês. 

 

As ajudas que surgiram foram maravilhosas. 

Seja de amigos, família e até mesmo dos novos vizinhos! 

 

Quando vemos tanto a fluir no mesmo sentido, é deixar ir. 

Estou no caminho certo e consigo sentir isso com toda a dinâmica que me tem rodeado. 

 

Têm aparecido pessoas de todo o lado, desde antigos colegas de escola com quem privei vários anos, amigos de a 10 anos que voltaram a Portugal me contactaram. A família que se aproximou por não sentir mais entraves em estar comigo. 

Uma grande amiga está de volta e... como eu tinha saudades dela. 

 

A quantidade de pessoas que me rodeia neste momento é fantástica. 

São pessoas desinteressadas em receber algo em troca. 

Ligam-me a perguntar se preciso de ajuda e convidam-me para sair, simplesmente porque gostam de mim e querem ajudar. 

 

Há melhor sentimento que este? 

Sentirmo-nos amados em todas as frentes? 

 

E de repente separei-me e nunca estive tão acompanhada! 

 

 

 

 

Indo eu para fora do que é teu.

Íris, 31.01.23

Quase na nova casa. 

 

Desde que regressei de Viseu, no passado fim-de-semana, além de ter ficado constipada(nada de especial mas o suficiente para me fazer andar com a caixa de lenços atrás), tinha as mudanças pela frente. E isso incluía mobilar uma casa praticamente toda. É dispendioso sem dúvida. E por vezes muito difícil de conciliar com o trabalho. 

 

 

Mas como somos duas a dividir casa, melhor. 

A minha amiga tinha alguns eletrodomésticos, uma mesa de cozinha e bancos, TV para sala. Aspirador, e utensílios de cozinha e talheres. Juntei o que tinha comigo de uma antiga casa, que não é muito mas estava em casa da minha mãe, comprei algumas coisas como torradeira, microondas, frigideiras. 

Depois sofá... havia várias opções relativamente mais acessíveis com os saldos. 

Na altura em que tive de mobilar uma casa toda estou nos saldos! Sorte. 

Deu para não gastar tanto como tinha em mente.  

Mas consegui um sofá chaiselongue em pele sintética a um bom preço por exemplo. 

O mais difícil foi encontrar a mobília de quarto. Cama já a tinha em casa do meu pai, e que vou transportá-la para a nova casa. Os roupeiros e cómoda comprei novo. Mas foi extremamente difícil encontrar algo que gostasse em stock. E as previsões de entrega estavam em 3 ou 4 semanas. Demasiado tempo. 

Consegui uma solução e anteciparam a entrega ( a sério? Obrigada! ). 

Não tinham era possibilidade de entrega ao sábado e lixaram-me. 

 

 

Tive de pedir á minha mãe para ficar lá com os senhores da loja de móveis. A minha mãe está mais animada com a mudança do que eu. Liga-me inúmeras vezes ao dia que tem isto ou aquilo para eu levar. Não vou mentir, ajuda muito! E sabe-me muito bem ver este entusiasmo. Até esqueceu das dores de ossos! Sente-se útil.  

A minha mãe já se reformou á uns anos, está com 70 anos. Mas como é muito magra, tem muita genica. Não tem é bons osso e precisa de ter alguns cuidados. 

 

 

Entretanto no passado Sábado fui a casa do meu pai organizar as coisas que tinha lá) incluindo a minha cama) de quando vivi na casa dele pelo período de 2 anos. 

E pedi transporte para este próximo Sábado, logo bem cedo.  

Depois de tarde vou ter a ajuda da minha irmã e cunhado para transportar tudo o que é meu e está em casa da minha mãe e na arrecadação dela. 

 

 

Avizinha-se um Sábado movimentado. 

 

E por último, vou levar tudo o que é meu e está nesta casa.  

Onde estou agora, neste preciso momento. 

 

Vou-me embora. 

 

 

 

 

 

Vindo eu do caminho de Viseu.

Íris, 26.01.23

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Os dias que passei em Viseu foram formidáveis. 

Tive de me deslocar em trabalho durante uns dias a Viseu. 

 

Viajei com 2 colegas da minha equipa de trabalho de Lisboa, e fomos no carro de um deles. Pelo caminho apanhámos uma outra colega que estava em Leiria. E fomos direitos a Viseu. 

Em Viseu tínhamos os nossos 2 colegas vindos do Porto á nossa espera. 

E já em Viseu estavam mais 3 elementos da equipa , mas que residem perto. 

Aminha equipa tem mais elementos mas estão fora de Portugal, e desta vez não se juntaram. 

 

 

Apanhámos frio e muita chuva. 

Não chegámos a ver neve mas também houve dias de Sol. 

 

Fiquei alojada num hotel bastante central, o Hotel Grão Vasco, que adorei. 

Os empregados foram sempre eficientes e muito agradáveis. 

Os quartos talvez não muito modernos mas primam pelo conforto, aquecimento e ambiente. 

Isolamento muito bom, sendo uma ótima escolha para quem vai em trabalho. 

O pequeno-almoço é muito diversificado. Vale a pena experimentar. 

Há para todos os gostos. 

 

O escritório ficava perto do Palácio de Gelo, então fui lá almoçar 3 vezes durante estes dias. 

O Palácio de Gelo dá 5-0 a qualquer shopping que eu conheço no distrito de Lisboa. 

O espaço é muito arejado, há espaço de circulação, há espaço! 

E facilmente juntámos um grupo de 20 pessoas e almoçámos sempre tranquilamente. 

 

Saímos sempre em equipa e juntaram-se a nós mais colegas dos escritórios de Viseu. 

 

Foram dias de muitas horas de trabalho para finalizar o projeto. 

Muitas horas. 

Mas houve sempre a pausa para fazermos alguns almoços de duas horas e jantares longos e passeios por Viseu. 

Tive o prazer de comer pratos excecionais. 

A imagem é do Restaurante Pensão do Rossio.

Cosy não é?

 

Foram dias muito bons para sair da monotonia de trabalhar sempre em casa. 

Houve uma dinâmica e ambiente incríveis entre todos.  

Fez-me muito bem! 

 

 

 

 

Indo eu a caminho de Viseu.

Íris, 13.01.23

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Vou viajar em trabalho e durante a próxima semana vou estar em Viseu.

Não conheço a cidade mas estou muito curiosa. Talvez seja das poucas cidades de Portugal que ainda não conheço.

 

Com o início da pandemia as viagens de trabalho foram canceladas e esta será a minha terceira viagem de trabalho. 

A primeira foi ao Porto, a segunda a Coimbra, mas ambas foram apenas de dois dias, não deu para usufruir.

 

E vou finalmente conhecer pessoalmente a equipa com quem tenho trabalhado neste último projeto de IT. Somos cerca de 10 e vamos nos reunir nos escritórios de Viseu. Há pessoal que vai também do Porto.

 

Vamos ficar alojados num Hotel no centro de Viseu, Grão Vasco e pelas fotos parece ser muito bom.

 

Estou entusiasmada e só espero que não chova para poder passear e ver as redondezas.

 

Ao fechar uma porta, abriu-se um portão.

Íris, 12.01.23

Desde o início do ano que tenho retomado o contato com muitas amizades do passado.  

Umas mais próximas do que outras, mas todos têm a sua importância. 

Não os procurei, simplesmente aconteceu! 

Quando rompi com o que me fazia mal do passado, dei espaço ás boas “coisas” a entrarem na minha vida.  

Quando se diz que quando se fecha uma porta, uma janela de abre é bem verdade. 

Confesso que com a separação e apesar de ir dividir casa com uma amiga, sentia sempre um bichinho dentro de mim que me fazia sentir sozinha. 

Mas a verdade é que todo o trabalho interior que tenho feito para não me sentir mais sozinha, tem trazido frutos. 

 

O trabalho interior produz efeitos rápidos. 

E nada melhor do que trabalharmos para nós próprios. 

 

Ontem falei com uma grande amiga minha, a Gui. 

Fomos as melhores amigas, trabalhamos juntas e chegámos a ser vizinhas. 

Vivemos muitos bons momentos e sempre mantivemos o contato ocasional, apesar de nos termos separado por algumas razões da vida faz alguns anos. 

 

Ontem soube que a mãe dela faleceu faz pouco tempo. 

Não queria acreditar que a mãe da Gui tinha ido embora deste plano. Ela está em baixo como é de imaginar. Agora mais do que nunca vamos retomar a nossa amizade, está mais do que na altura. 

Ela esteve sempre quando eu precisei e eu estarei lá nem que “a vaca tussa” como se costuma dizer. 

Também se separou recentemente, mas está estável felizmente. 

 

Hoje falei com outra grande amiga minha, a Mafx. 

Sim, há alcunhas para todas as grandes amizades. 

Com a Mafx vou mantendo contato regular já faz uns 2 meses. Falamos talvez uma vez por semana ou de 15 em 15 dias. Depende das rotinas. 

A Mafx trabalhou comigo quando eu estava no meu primeiro trabalho a sério. Ela era mais velha, na altura já era casada e tinha dois filhotes mas tivemos uma ligação espetacular, e guardamos essa amizade á cerca de 12 anos. 

Sempre ralhou comigo quando necessário e quando eu precisava de um ombro ela estava ali. E passámos tantos bons momentos, tantas risadas que demos enquanto passeávamos por Lisboa. 

 

Neste momento estou também a combinar um jantar com alguns amigos próximos mas com quem já não estou desde o início dos confinamentos. 

Afastámo-nos um pouco antes do covid aparecer. 

 

A culpa foi minha. 

Afastei-me porque comecei a sentir-me desconfortável por o meu ex-companheiro ter discutido comigo á mesa do último jantar. Sim, é verdade, não foi bonito principalmente porque não teve razão nenhuma, e foi por não ter percebido do que estávamos a falar. A verdade é que disparou para cima de mim á frente de um jantar de amigos. 

 

Os meus amigos não ligaram muito penso eu, mas interviram porque foi necessário. 

Fiquei cheia de vergonha deste acontecimento e nunca mais organizei ou participei em jantares. 

Fugi. 

E depois com o covid nunca mais combinei nada. 

 

Sim... o que fui eu fazer? 

Desligar-me dos meus amigos por este motivo? Sim. Isto sim é de ter vergonha, mas na altura não sabia lidar melhor. 

Juntei ao fato dele classificar os meus amigos como pessoas “abaixo” dele. Supostamente pessoas socialmente inferiores. 

Ele sempre teve esta mania mas isso é com ele. Ele é que perde. 

Foram estas pessoas “inferiores” que me deram força para me lançar no relacionamento com ele, e ele nem imagina ou não quer saber. 

De qualquer forma os amigos dele é que são bons. 

 

Estamos sempre a aprender, e em breve quero fazer um pedido de desculpas a todos eles e agradecer por tudo. Eu fugi mas eles não fugiram, estão ali para mim. E nada conforta tanto o nosso coração como saber que eles estão ali. 

 

Obrigada !

 

 

 

O exercício da separação. 

Íris, 08.01.23

Uma separação não acontece de um dia para o outro. 

Talvez um namorico sim, em que basta um “bloquear” do contacto e esquecemos automaticamente a pessoa. Como acontecia nos tempos de escola. 

 

Na minha vivência atual o que mais me está a custar nesta separação é o tempo que se leva a tratar de uma nova solução, que no meu caso foi arranjar casa e agora tratar de a mobilar e preparar a mudança. 

Este é o lado que as pessoas veem. O lado material das coisas. 

 

E o resto? 

O que me trouxe até esta situação? 

 

Era tão mais fácil pegar numa mala rápida e mudar-me de vez para a outra ponta da cidade. 

Agora mesmo. 

 

E não estou a falar do mau ambiente que se sente em casa. Porque isso já calculamos que é o “normal”. Há dias melhores outros piores.  

Mas é sempre uma merda. 

 

Não sinto saudades dele como deveria, mas ainda sinto. 

Na verdade eu já tinha muitas saudades dele antes da separação. 

Estou mais que habituada a estar sozinha.  

Não que ele não estivesse comigo, porque isso ele estava (até tempo demais). 

Mas quando não temos compreensão da pessoa que mora connosco, em que somos obrigados a estar calados e fazer o que é certo para a outra pessoa só para não haver problemas... isso é solidão. 

É estarmos fechados numa caixa. Esta caixa é a forma em que nos conseguimos encaixar na outra pessoa. Ou seja, não somos livres. 

 

Encontrei alguém que me controlou.  

Muitas vezes o controlo parece preocupação, mas é como um disfarce. 

Quando quis fazer coisas como comprar uma bicicleta ou um carro, vieram as complicações. 

Porquê? 

Porque tanto o carro como a bicicleta seria algo que me daria liberdade para fazer coisas sozinha. 

Sem estar dependente dele. 

 

Ele próprio não percebe o controlador que é. Não só comigo, com a mãe, com a irmã. Mas como não lidam com ele como eu, desvalorizam. 

 

Por outro lado ele sofre. 

Vejo isso todos os dias. 

E magoa-me ver esse lado dele. 

Ele não percebe o que faz e como faz. Mas sabe que não é feliz. 

E culpa-me por isso. 

Ele está na sua jornada e no momento certo, espero que ele entenda. 

Entenda que não era preciso me controlar. 

Não precisava de me manipular para eu estar disponível para as suas necessidades. 

Bastava dar-me amor e compreensão em vez de cobranças e discussões diárias. 

De me ameaçar. 

Em vez de discutir comigo e me mandar abaixo quando eu tinha ataques de ansiedade, o papel dele era estar ao meu lado. Era ser meu amigo.  

 

Estou tão chateada com ele! 

 

Afastou-me tanto tanto que se tornou impossível para mim de me aproximar. De lhe dar uma festa, de um abraço. De lhe dar o que realmente sou. 

A quantidade de rejeições que recebi dele são impossíveis de contabilizar. Eram diárias e de diversas formas. 

Do meu lado, quanto mais magoada ficava menos conseguia aproximar-me. 

Foi como uma bola de neve.